Sempre fui um entusiasta das cervejas, posso afirmar que provei todas as cervejas que passaram pelas minhas mãos e a cada gole, até hoje, surge uma explosão de possibilidades em forma de aromas, sabores e combinações.
Curiosamente, no início da minha carreira na gastronomia todo o trabalho de combinar comida e bebida, que chamamos de harmonização, tinha que ser feito com vinhos e mesmo para essa união mais antiga e tradicional era tudo muito recente.
O vinho é legal, mas a cerveja é muito mais. As suas possibilidades são muito maiores. Podemos ter as mesmas possibilidades do vinho e ainda notas de caramelo, toffee, chocolate, cacau, café, adição de frutas e temperos, envelhecimento em barris, onde repousaram outras bebidas, inclusive o vinho, e isso tudo sem contar as variedades de lúpulos e leveduras.
Podem imaginar a minha felicidade com a chegada de rótulos importados e, principalmente, com o desenvolvimento da indústria cervejeira nacional?
Algumas combinações perfeitas que todos podem fazer se tiverem acesso à cervejas e aos ingredientes certos: carne grelhada e bock, pudim de leite e Imperial Stout, queijo brie com mel e Tripel, ceviche e Berliner Weisse, cassoulet e rauchbier, além do sensacional torresmo com uma Catharina Sour, principalmente de frutas cítricas. Deliciem-se.
Ronaldo Rossi
Confraria do RR; idealizador do BeerCON; professor em formação de sommelieres de cerveja desde 2011. Foi inventor da Cervejoteca, a
mais antiga loja de cervejas de São Paulo.
E-mail: falecom@ronaldorossi.com.br
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